Tuesday, December 29, 2009

O meio da madrugada

Já são três da manhã...
o relógio já nos mostra uma realidade insegura
a madrugada do silêncio, do tempo livre pra pensar
se mostra em meus olhos ardentes de sono
e me faz querer acordar.

Três da manhã são já...
Não há nenhuma ocupação para a mente que for
acordados não estamos realmente, estamos?
me sinto dormindo num leito escuro
onde minha mente descansa em paz
até mais.

Da manhã t-r-ê-s
Ah, como eu queria poder dormir e sonhar!
Jamais em nova vida, mas procurar melhorar
fazer meu metafórico mundo perfeito
a minha escolha meus caminhos ter feito
e toda minha alegria resolver se mostrar.

Manhã são três
sim, só o começo de um novo dia
novos tediantes afazeres de um mundo hipócrita
que julga as férias como alegria geral
e sempre todos assistem as novelas
e sempre há o sentimento de natal.

Dou-me um basta agora
4 da manhã já são
e eu continuo a pensar...
e sonhar.

Thursday, December 24, 2009

saudade do sorrir

Cada instante, cada momento
que passa, as horas, minutos
se vão, e eu a ti aguardo
apertado, caindo no chão
de angústia, de solidão.

Mata-me aos poucos
e já não aguento mais
na lembrança só memórias
do que ficou para trás
e do que está por vir.
Futuro e passado.

Mas no presente, onde está você?
tu que és minha força, minha vida
preciso de você a me envolver
Cadê você?onde está você?
nesse momento, estou tanto a te querer.

Não necessito mais de explicar
de me envolver com argumentos
você sabe que te amo
você sabe que te chamo
de MEU amor.

Boas festas, bom natal e o ano novo
nada disso faz sentido, você não está aqui
minha deusa não está comigo
e demora a hora de partir
de me encontrar
de me ver sorrir.

Wednesday, December 23, 2009

Morto-Vivo

A dança dos alimentos não faz sentido
bem como a fome do oprimido
a alegria do reprimido
a todos que o obrigam
a ser feliz.

A força já não tem saída
coragem já se faz perdida
ou mesmo a segurança
seguindo na andança
De fugir para outro lugar,
melhor que este.

Todo sentimento foge da luta
toda respiração segue ofegante
nem mesmo a angústia ou a dor
se mostram presente.
E o doutor já declara
esse não tem mais saída.
Ou vida.

Tuesday, December 22, 2009

Mata-me por favor...

Mata-me
Com teu doce veneno
Que escorre dos lábios
Disfarçados de
Tempero...

E entra por dentro das veias...
Por dentro da minha circulaçao nervosa
E faz-me estremecer de dor,
prazer...

Monday, December 21, 2009

e o medo?

E esse medo?
de onde vem ele, de onde surgiu?
pra quê temer agora o que passou?
Ah é, pois passou e aconteceu
o que se devia temer.

Não se deve mexer na ferida
Não se deve ouvir a partida
Não se deve chorar após a morte
Não se deve temer nada além da vida
É proibido ter medo.

Labuta

A virtude, ansiamos que escorra com o sal no corpo;
Seria a labuta, orgulho, nos braços daqueles que se suicidam oito horas por dia?
O esforço nos leva cegamente ao cemitério,
Mas continuamos caminhando.
Nos tornamos máquinas e a repetição se torna inevitável,
Sobreviver, ansiar, almejar, ter, acumular e orgulhar, nesta ordem.
Cravado, cada passo, na lápide.
"Nessa vida, tu só leva a vida que tu leva"

Monday, December 14, 2009

O fim de uma guerra

Durante todo o ano, estudamos, nos esforçamos, e as preocupações eram de origem social e escolar. Muitas pessoas demonstravam a ânsia pelo final vitálicio do 2º Grau, me incluia nesse grupo, não muito restrito; mas, hoje, considero os otimistas pelo fim, imensos hipócritas!
Do sábado até o domingo, ao decorrer da festa de formatura, aquilo tudo não parecia uma despedida, pessoas sumiam sem deixar rastros... Em certo ponto, quando a maioria das pessoas por quem tenho consideração haviam ido pra algum lugar além dali, parei em meio a pista de dança, cercado pelo barulho dos bumbos, tambores e outros instrumentos de percussão... tudo parou e ficou louco: eu estava em alguma guerra na primeira metade do século XX, todos os soldados haviam ido, as trincheiras estavam vazias, somente o barulho das armas inimigas ecoavam tentando mudar a realidade... Sem sangue, apenas nós nas gargantas!
E me permito agora voltar para aquela realidade, e: EU VOS SAÚDO! MORRERIA POR VOCÊS NAS TRINCHEIRAS, SEUS BASTARDOS!(risos melancólicos)

O COTIL foi muito mais do que eu esperava, mas não seria nada sem as pessoas únicas com quem convivi! Eu precisava fazer um conclusão utópica para manter meu rosto enxuto enquanto morro de melancolia! hahaha

Bem, eternamente grato sou!
Aqui meu 'adieu', mais realista do que o costume!
Até uma próxima!

(Cotil - 07~09)

Thursday, December 10, 2009

O que são as flores

As flores são sonhos.
Sonhos que nunca florescem realmente.
As flores... São sonhos.
Só as flores falsas não murcham.
Os sonhos.. São flores.

Tuesday, December 08, 2009

A falta da poesia...

Queira me desculpar, meu caro senhor
Por expor sentimentos próprios em cada poema
E que é tão difícil fazê-lo valer a pena
Sem sentimentos meus poemas não têm valor
Não há complicações, somente suspiros de amor.

Sei que você pensa "Que poeta meloso!"
De vocabulário escasso, rimas previsíveis
E eu que já pensei em todas as formas possíveis
Para mudar esse homicídio doloso
Que faço de meus poemas, sentindo-me honroso.

Ou ao menos sentia, antes de ler tudo denovo
Não me parece poético, muito menos tocante
Que me faça crescer, querer ir avante
Não sou poeta, diga isso ao meu povo
Que diz venerar, "Seu poema eu louvo".

Posso considerar-me enfim satisfeito
Depois de tanto falar de meus sentimentos
Tantos poemas com inúmeros lamentos
Agora, sem tais clichês, um poema ter feito
É motivo de alegria, de contentamento
Virei poeta finalmente?Seria perfeito...

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...