Saturday, October 30, 2010

Tempo Verbal

Será, que por um acaso qualquer de desencontros da multidão
uma luz, um raio, pedidos de música em um bar qualquer.
Posso botar-me de pé, cantar, dançar, ser quem realmente sou
e após me libertar dormir em paz, sem medo e sem culpa?
Ou todo esse peso ainda há de me seguir,não importa o que eu faça?
Pois meu ápice de felicidade deu-se num romance errante.
Um livro de páginas erradas, com marcadores incertos
dúvida cega, dor mais do que perfeita, como o tempo de meu passado
do qual nada sobrou, transformara a lágrima em rosto seco.
Sem dúvidas, não há caminhos no desespero, mas há a ilusão
de que tudo o que faço já não adianta mais, deitei no sofá.
Queria apenas gritar, soltar minha voz ao som de um piano
em uma música que me faça chorar. Mas não quero ser julgado
por minhas escolhas ou mesmo pelo meu passado condenado.
Que passou.

Thursday, October 21, 2010

Morte covarde

Cessar, fechar os olhos
e num único instante parar de respirar
Procurar em marcas e florestas
a corda no pescoço pra se pendurar
Será que temos esse direito?
De fazer acontecer, de simplesmente acabar.
Não, não acho que temos
ou tivemos, ou teremos.
Nosso esforço dentre uma corrida
rumo a essa luz foi tão grande
que não podemos apenas desperdiçar
a chance de ver, sentir e sonhar,
mesmo que nela o brilho se mostre enfraquecido.
E no pessimismo do poema
de um poeta que soube, mas não sabe mais,
eu vejo, você vê, a covardia chamada coragem
na alma de versos escritos a mão.
Pois todos lêem sem nenhuma entrelinha
que a vida ali não fazia mais sentido
ou não parecia fazer.
Vejo-me refletindo
sobre as palavras mórbidas que li nesse instante.
E, na epifania de um jovem sonhador e frustrado
balbucio as palavras de um velho novo ditado
Não bebo deste veneno,
a vida aqui ainda faz sentido
e quando não houver um, eu o crio.
Observando morcegos em uma noite sombria.

Saturday, October 16, 2010

Quase tudo, de um nada.

Olá, flores que já não vejo mais
me deêm uma lanterna
para que eu volte pra trás
e me encontre novamente.
Hey, luvas que já não me servem
diminuam os anseios de minhas mãos,
que agora procuram algo no que tocar.
Um rosto qualquer.

Porque o "psiu" agora
já não vem acompanhado
de um "eu te amo".
Porque o céu demora
para escurecer outro dia,
pois por milhões de anos
não era assim...

Espere dor!
Até você vai embora e me deixa aqui?
Por que não fica e espera um pouco mais?
Talvez eu precise de algo pra sentir.
Escute amor, a ligação já está caindo
e a muito tempo não te vejo sorrindo.
Por que houve você de ir tão longe assim?
Venha mais para perto de mim.

E no balanço da rede,
cabelo contra o vento,
relembrando velhos momentos.
O homem já cansado,
procura um cobertor
e um bom motivo pra sorrir.
Já que tudo não está mais aqui.

Hey vida, me ensine a viver,
pois não quero sofrer...
Mas quero sentir uma pontada que seja
sem precisar de um copo na mesa.
A palavra na última folha de um caderno qualquer,
"Te amo e te quero, pro que der e vier".
E mesmo que essa folha esteja suja e amassada
vou saber que parei de sentir quase nada.

ALICE

O timbre alheio das canções não cantadas
Um pircing,a tinta no cabelo
E uma vontade de mundo
Um cigarro num estacionamento qualquer
Aquele cara de olhos cinzas
a dor do primeiro beijo
Uma saudade sentida depois
versos amassados, tapetes manchados
Sonho bebido como tequila
desgastando a bota e a nausea
era linda, mas não sabia amar
Amava...mas não sabia dizer
só no susurro das palavras remendadas
descobriu-se mulher
Dona dos narizes e bocas
Rebelde com a faixa na testa
e a insegurança no olhar
Ah menina, se pudesse desvendar
tudo o que tinhas no liquido dos olhos
confesso, te amaria menos
mas meu ser de idéias se encheria
e ao chamar-te menina
diria deusa, tens gota de mulher
Mulher, tens gota de deusa.


M.E.

Friday, October 15, 2010

Dentes amarelados

O que é humano se esconde em máscaras
já não sabe viver com a simplicidade de um sorriso
o prazer de uma noite qualquer com poucos amigos
a perfeição, o ápice da vida
não está entre dinheiro, amor e sucesso
mas em risos sinceros, com pessoas sinceras
merecedoras de um ombro amigo quando precisarem chorar.
A vida não é perfeita e nunca será.

O que é divino divide-se em crenças diferentes
e há simplesmente quem não creia.
Esses, assim como não devem julgar, não devem ser julgados
Quem somos nós para definir o certo ou o errado?
Não somos mais, ou menos, apenas iguais.
A opinião é única, ninguém é dono da verdade,
por que não podemos simplesmente esquecer as nossas diferenças?

Por que levamos as discussões a sério?
Por que levamos a vida com uma expressão tão séria?
Deveríamos levar esse poema a sério?
Necessitamos mesmo de levar tudo a sério?
Sinceramente, esconda esse rosto sem expressão
e aprenda a sorrir mais.

Tuesday, October 12, 2010

Passou, até demais.

Dentre as facas cortando o meu ser
eu aguardo apenas o fim.
Não o meu, nem o seu
mas o fim da história na minha memória,
o fim dos pesadelos, daquela dor sentida
no coração, talvez.

Tudo passou, superei sozinho
todo aquele sofrimento
Mas ainda resta algo, que me faz parar,
que me faz sentir nojo de mim.

Não sobrou nenhum sentimento,
apenas a lembrança repentina
de algo que sinto falta.
Não é de você, não é de te ver.
É apenas de sentir tudo aquilo
que eu sentia antes.

Porque eu mesmo arranquei
com os dentes de quem antes sofria
todo aquele romantismo, todo aquele amor.
E agora não sei mais como sentí-lo,
nem por você, nem por ninguém.

Talvez eu tenha bebido a realidade
e meu coração já não pulsa como antes.
Talvez seja apenas uma fase
onde eu tenha que aprender a viver sozinho
sem nenhum sentimento a me acompanhar.

Thursday, October 07, 2010

Amor de Filho

Mãe, diz-me mais uma vez
Porque, mesmo sem perceber
Nunca ouvi o que devia saber
Então mãe,
Perca seu tempo comigo
Me conte palavras do mundo
Me ensina como viver
Mãe, agora o mundo está cruel
Há um vento frio levando tudo
Ventando tudo pra longe de mim
Mas mãe, você ainda está comigo
Eu sinto que não vou te perder
Mesmo que não faça parecer
Eu te amo, mãe, eu te amo.

Monday, October 04, 2010

O sorriso de quem perdeu

Soldados caídos na trincheira não mostram derrotas
mas uma luta dada com o sangue a jorrar
O vencedor nunca sai ileso, o perdedor incomoda
pois no rosto da vitória há um arranhão.
E o derrotado ainda está vivo.

Mostramos em um dia a luta de um povo inteiro
carente de ideais, carente de revolta.
Não vivemos mais os tempos difíceis,
nunca sabemos diferenciar o bem do mal.

Ideologia, assim como Cazuza
eu também quero uma pra viver...

O ruim sempre caminha com o bom
e o certo com o errado.
Pois hoje, fomos derrotados
mas saímos vitoriosos.


ps: to sem inspiração ultimamente, por isso ainda n escrevi a ultima parte da historia.

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...