Tuesday, August 06, 2013

Nowadays

When you talked to me,
like a little angel talk to a sinner,
I realized that something poked me
right on the thing I should call my heart,
but I will not.
Because, before I have meeting you,
the 'nothing' stopped and stared me for so long
and my heart was so gone, that did not exist.
My brain was so focused on something else
that I almost let you escape from my arms,
almost let me without touching those beautiful lips.

When I kissed you
I forgot about everything else on that morning
and on that dawn, and on that evening.
We all should be sleeping,
but I can not go to sleep
when those eyes are looking at me.
That kissing moment
I realized that I had taken back my feelings
and they punched me, right on the heart,
just to it back to the beat he had before.

When I asked you to be my wife
the world stopped for ten slow seconds.
Your friends, the angels from heaven,
picked up me and raised me, like if in that moment
I had become sort of an angel too.
I raised to heaven with you
and all those other people stayed staring,
asking yourself "why does it not happens with me?".
It does, when you find your priceless angel.

Sunday, July 21, 2013

Corolário

Na exata perdi meu poder,
no fogo da ata do pensar,
na alma perdida no humanoriar.
Humano não sou, humano não mais.

Como fogo a mente põe-se a pensar.
Esquece presente e a cor do luar.
Eleva-se em tempo a frente de si.
Esquece daqui, esquece de rir.

Te digo, números quaisquer tem poder
de esquecer-te a mente de um poeta qualquer,
dos dedos jorrar equações e não mais poesia
e a alma que se tinha nunca mais se copia.

Eis que o tempo do relógio aponta outra hora.
Pseudo-humano de exatas aqui estou eu!
Procurando você, procurando a mim.
Não quero suas palavras vazias assim.

Por fim, me vejo de olho fechado
a pensar em tanto o que falar, em tanto.
Me ponho de olho aberto.
O exato em pranto.

O lado humano se põe a cantar
"Vamos dançar num cemitério de automóveis".
Vamos escrever uma nova canção, ou prosa.
Vista-se de humano e cante comigo.

"Colher as flores que nascerem no asfalto
Vamos todo mundo, tudo que se possa imaginar..."

Saturday, March 30, 2013

Viúva

Hoje o dia surgiu sem pretensão alguma.
Sem uma máscara de gás, sem agulha.
Simplesmente apareceu na manhã
e disse "já não caibo em ti".
Ti...tubeou, sem dizer em uma só cor
o que significava seu dizer,
apenas calou-se.

O bêbado, que ia a passos tortos,
viu o dia raiar e falar com ninguém,
mas sabia que olhos de vodka
não têm razão nem realidade
aos olhos do trabalhador.
Era uma quinta-feira.

Na feira da quinta fruta não tinha.
Na fruta da feira, quinta também.
O homem que vendia vagem calou-se,
a gritaria generalizada não o permitia ouvir,
mas viu, longe dali, seu filho gritar o nome do pai.
"Ninguém quer comprar 'pai' aqui", dizia o consumidor.

O consumidor comprou o que queria e saiu,
no meio da gritaria ignorou ou não ouviu
uma gestante pedindo socorro.
Ao sair com seu carro, sem nem repetir,
atropelou o bêbado e num poste bateu.
O sinal estava vermelho,
mas ele não bebeu, ele não bebeu.

Em um prédio a poucos metros dali
uma senhora assistia o sangue a jorrar
e entendia o que o dia quis dizer:
- Você já não pode me satisfazer.
Pegou seu casaco e saiu de casa.

Pôs-se em prantos quando viu o bêbado morrer.
Dizia-se mãe, amiga e mulher
e, enquanto ninguém entendia aquele choro inútil,
ela, heroína, segurava a mão de um cadáver
e evidenciando seu não parentesco
dizia "ninguém merece morrer sozinho".
O dia, no meio do caminho, agradeceu por ser salvo.

Monday, March 04, 2013

Culpa minha

Enquanto suas lágrimas caíam como flores perdendo pétalas lentamente eu engolia meu orgulho e mastigava minha culpa, como um chiclete, lentamente até que meus dentes começassem a doer. Minha angústia em te ver sonhadora em prantos transmutava-se em devaneio sobre quão amargo minhas ações poderiam ser. E eu perdi a guerra com o que eu poderia chamar da cisma em sempre estar certo.

Naquele momento todo sonho sob café de um futuro com o permanente aconchego de seus abraços estremeceu, toda pálpebra do olho se calou e o frio que senti quando toquei seus lábios pela primeira vez se fez presente novamente, mas de uma forma sombria. Senti medo. Senti medo. Senti que jogar meu corpo de um carro em movimento seria menos doloroso do que viria a seguir. Mas o que viria não veio. O que veio não pensei que viria, mas se encontrou com a graciosidade de cada som das palavras que saíam de seus lábios como uma música indie de uma banda que eu gostasse a ponto de ouvir todos os dias de minha vida.

Você chorou e disse que não queria me perder.
Você se entregou e me abraçou com as mãos de uma mãe aconchegando seu filho após uma bronca dada com o coração doído.
Você deixou escapar de seus lábios um 'eu te amo' e não o pediu de volta.

Meu mundo voltou ao lugar, era apenas uma discussão de casal, mas não aquelas simples em que se espera gritos e acusações sem sentido. Certa, você se culpou. Errado, lhe tirei a culpa e a joguei em minha cabeça como um raio, mas ele não me atingiu. Nada me atingiu naquele momento, pois eu sabia que as lágrimas que ainda saíam de seu rosto faziam, agora, contraste com o sorriso aparelhado maravilhoso que surgiu entre seus lábios quando lhe disse que jamais te largaria.

Não te larguei.
Não te merecia, mas não te larguei.
Mesmo culpado não sou capaz de te deixar ir embora.
Te amo demais e... Vejo você no espelho do meu futuro.
Quero-lhe esposa, quero-lhe mulher, quero-lhe menina.
Enxugo suas últimas lágrimas e te juro amor eterno,
porque meu espelho mostra-me de terno,
na sua frente, dizendo 'sim'.

Lembrando dessa noite como apenas mais uma memória de juras de amor.

Wednesday, January 09, 2013

Pássaros

Flor que se cheira, perfume não se esquece.
Mulher traiçoeira, que corpo não se merece.
Flecha certeira em papel sem valor.
O poeta da cor, o poeta do amor.

Poeta escreve com mãos já cansadas.
Menina padece, se diz apaixonada.
Poeta esquece
do livro, da cor, do poema incompleto.
Vive em poucas palavras o seu grande amor.

Ele voou.
Se enxergou, se reergueu, reencontrou...
E da menina fez sua rainha.
Botou-a em um pedestal e a venerou.
"Poeta não sou, poeta sou eu?
Se esse romance não foi eu quem escreveu?"

Foi Deus, foi Iemanjá, foram todos os santos,
da terra, do fogo, do mar e do ar.
Trouxeram em um manto menina princesa para cuidar.

Doou-lhe afeto, doou-lhe o espírito,
pediu sua alma em casamento.
Disse que não era rico, mas que iria ficar,
pois menina anjo, que chegou do céu como estrela cadente,
tem suas asas quebradas para cuidar.

O poeta, como em um sonho impossível de escrever em papel e caneta,
criou suas asas e voou com sua menina.
Nunca mais poesia, nunca mais versos incompletos,
poeta agora é servo e amante de um sonho real.

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...