Eu vi na lua o que eu não via em mim, vi as flores perfeitas de um jardim. O reluzente do mar em uma cama de marfim. E por um pequeno instante senti que iria voar, só precisava de um pequeno empurrão.
Eu procurei por alguém e não encontrei, eu procurei você, estava lá, no mesmo lugar, mas agora os sentimentos não continuavam sendo os que em verbos eu soube dizer antes. Agora todos eram confusos, e eu te deixei ir embora, sem ver meu rosto.
Eu, sempre eu, procurando nas dores de palavras um sentimento confortante, mas dentro de mim agora não sinto dor, não me sinto mal. Alma apenas quer sentir que está viva, estou vivendo como nunca fiz antes.
Mas ainda procuro a poesia perfeita, uma mistura de romantismo e agonia, de otimismo e pessimismo, o ápice que um poeta possa atingir, com rimas pobres, ricas e sem rimas, com romantismo, simbolismo, barroco. Quero apenas sentir que não sou só mais um que escreve para desabafar.
Eu, o poeta, o sonhador, o realista, o pessimista, o perfeccionista e o inseguro. Sou apenas um ser motivado pela poesia que me move, a minha vida. Acordo apenas pela intensa vontade de ser feliz. Um dia.
Sei, estou ficando dia a dia mais velho, mais cansado, estressado e chato. Cada vez menos poético e romântico, e cada vez mais o adulto realista, que não vê a vida como uma grande brincadeira, como criança, como cada dança que fiz enquanto andava sozinho em meu quarto. Cada música que cantei enquanto ninguém poderia me ver.
Também sei que esse adulto em mim ainda procura a felicidade, seja ela em uma roda com poucos amigos, seja ela em um par romântico na madrugada, ou num pedido de casamento com aquela que seria a mulher de meus sonhos. Sonhador peco em ser, mas desse fruto proibido eu quero continuar a querer. Meus sonhos me dão vida.
Poeta, escritor, sujo, ríspido e certo de que ainda sofrerá muito na vida. Eu sou.
Mas hoje a praia está tão linda ao escurecer o dia, não está?
Acho que irei entrar no mar...
E me libertar.
Sunday, December 05, 2010
Wednesday, December 01, 2010
Minuto de Silêncio
Consigo dizer no sábio de meus lábios
que já não provam do afago de uma boca amiga.
Consigo neles dizer o que dentre minhas veias corre?
Não se trata só de sangue, quero me fazer de desentendido
e procurar, dentre hemácias e glóbulos, uma ideologia qualquer,
um sentimento qualquer. Quero chegar e dizer-lhe que te quero,
mas de seus lábios só saem palavras confusas
que me dizem o contrário ou não do que sente.
Você é um enigma pra mim, um quebra-cabeça de sete mil peças
que não se encaixam de forma alguma, você é aquela incógnita
em uma equação matemática que eu não consegui resolver...
Pois então finjo que não ligo, finjo que não quero,
mas dentro de mim não sei fingir, algo conseguiu tocar
o que eu costumava chamar de coração.
Talvez não seja, mas talvez seja. Não sei dizer...
Entretanto, meu lábio te desejou por um instante
naquele diálogo despretencioso, sem motivo, sem sentido.
Controlei esse meu desejo, não me vejo no direito
de roubar o seu livre arbítrio agora.
Somos apenas amigos de mãos dadas, apenas confessores
de nossos pecados cometidos.
Todavia minha mente permanece no instante
em que meus lábios quiseram dizer por mim.
que já não provam do afago de uma boca amiga.
Consigo neles dizer o que dentre minhas veias corre?
Não se trata só de sangue, quero me fazer de desentendido
e procurar, dentre hemácias e glóbulos, uma ideologia qualquer,
um sentimento qualquer. Quero chegar e dizer-lhe que te quero,
mas de seus lábios só saem palavras confusas
que me dizem o contrário ou não do que sente.
Você é um enigma pra mim, um quebra-cabeça de sete mil peças
que não se encaixam de forma alguma, você é aquela incógnita
em uma equação matemática que eu não consegui resolver...
Pois então finjo que não ligo, finjo que não quero,
mas dentro de mim não sei fingir, algo conseguiu tocar
o que eu costumava chamar de coração.
Talvez não seja, mas talvez seja. Não sei dizer...
Entretanto, meu lábio te desejou por um instante
naquele diálogo despretencioso, sem motivo, sem sentido.
Controlei esse meu desejo, não me vejo no direito
de roubar o seu livre arbítrio agora.
Somos apenas amigos de mãos dadas, apenas confessores
de nossos pecados cometidos.
Todavia minha mente permanece no instante
em que meus lábios quiseram dizer por mim.
Monday, November 15, 2010
Nobody's Home
Ela estava perdida em si própria,
procurava alguma saída, algum cobertor,
mas nada havia nesse asfalto.
Onde estava sua família?
Seus amigos, sua vida?
Não sei dizer...
Pois ela também não sabe,
ninguém sabe onde se perdeu
o pouco de dignidade que ela teve.
Mas ninguém está em casa agora, querida.
Você é uma estrela só em uma grande avenida.
Descabelada, desalmada, sem ilusão alguma.
Apenas caminha rumo ao seus sonhos,
mas qual é seu sonho afinal?
Não tem nada, nem mesmo uma blusa de frio,
um ombro amigo ou um cachorro de rua.
Você é o cachorro de rua,
implorando por comida nas cidades obscuras,
vendo todos a olharem com desprezo,
nem mesmo algum beijo de boa noite,
um abraço, um copo d'água.
Mal sabe você que seu destino está traçado,
sem perspectiva de um novo pecado,
não há pecados nesse seu mundo, garota.
Mas não há prazer nenhum em pecar,
então menina simplesmente não peca
na esperança infantil que surja algum perdão
algum dia, de algum Deus,
qualquer um que não fosse dos ateus.
Pois somente a fé lhe movimenta agora
e lhe faz querer acordar.
Mas não há ninguém em casa, querida.
Nem mesmo teu próprio Deus.
procurava alguma saída, algum cobertor,
mas nada havia nesse asfalto.
Onde estava sua família?
Seus amigos, sua vida?
Não sei dizer...
Pois ela também não sabe,
ninguém sabe onde se perdeu
o pouco de dignidade que ela teve.
Mas ninguém está em casa agora, querida.
Você é uma estrela só em uma grande avenida.
Descabelada, desalmada, sem ilusão alguma.
Apenas caminha rumo ao seus sonhos,
mas qual é seu sonho afinal?
Não tem nada, nem mesmo uma blusa de frio,
um ombro amigo ou um cachorro de rua.
Você é o cachorro de rua,
implorando por comida nas cidades obscuras,
vendo todos a olharem com desprezo,
nem mesmo algum beijo de boa noite,
um abraço, um copo d'água.
Mal sabe você que seu destino está traçado,
sem perspectiva de um novo pecado,
não há pecados nesse seu mundo, garota.
Mas não há prazer nenhum em pecar,
então menina simplesmente não peca
na esperança infantil que surja algum perdão
algum dia, de algum Deus,
qualquer um que não fosse dos ateus.
Pois somente a fé lhe movimenta agora
e lhe faz querer acordar.
Mas não há ninguém em casa, querida.
Nem mesmo teu próprio Deus.
She wants to go home, but nobody's home...
Tuesday, November 09, 2010
Passos largos.
Flores de um jardim qualquer
sorriem como se não houvesse amanhã
e o dia que hoje se põe
mostra-nos a sombra da verdadeira face.
Que se desgasta.
Que se enruga.
Talvez o tempo esteja passando
ou o poeta somente viajando,
porém é certo: Lamentar-se da vida
é desperdiçar a água que o oferecem.
Não sois dois sóis em uma noite escura,
sois lua em um dia claro,
escondida, esperando a tua vez de existir.
Lamentar-te de ser quem és
de ter quem tens como companhia
é desmerecer tua própria vida,
desejar tua própria morte.
Radicalismos e depressões são tão vulgares
merecedoras do troféu de fraqueza,
pois se tem a faca e o pão encima da mesa.
Mesmo que o corte saia mal feito
o alimento sacia a fome de quem vive por querer
e não de quem morre por deixar de viver.
sorriem como se não houvesse amanhã
e o dia que hoje se põe
mostra-nos a sombra da verdadeira face.
Que se desgasta.
Que se enruga.
Talvez o tempo esteja passando
ou o poeta somente viajando,
porém é certo: Lamentar-se da vida
é desperdiçar a água que o oferecem.
Não sois dois sóis em uma noite escura,
sois lua em um dia claro,
escondida, esperando a tua vez de existir.
Lamentar-te de ser quem és
de ter quem tens como companhia
é desmerecer tua própria vida,
desejar tua própria morte.
Radicalismos e depressões são tão vulgares
merecedoras do troféu de fraqueza,
pois se tem a faca e o pão encima da mesa.
Mesmo que o corte saia mal feito
o alimento sacia a fome de quem vive por querer
e não de quem morre por deixar de viver.
"Se canta com força, com força a vida mantém essa chama que há em você, no peito contida."
Saturday, November 06, 2010
O Despertar
Eu acordo o mundo sem saber ao certo
O que o mundo trará, o que o sol dirá
Ao ver que o dia do mundo já se foi
Ou que o tempo mudou e a chuva se fez
Eu acordo, e acordo com o mundo
Eu vejo, eu rio, eu faço, eu mando, eu mato
Eu falo ao mundo o que ele não quer ouvir
E que venha o sol para calar meu chamado
Eu chamo o mundo de volta ao passado
Eu chamo o fantasma de volta ao morto
Eu faço do céu a estrela guia do amanhã
Eu faço de tudo para devolver sua consiência
Então, acorda Mundo, mudo, sujo ou infértil
Volta à vida que um dia lhe foi dada
Acorda para ver que o sol ainda existe
Acorda para ver que você ainda é forte
Que ainda resiste
Que ainda persiste
Acorda para sonhar de novo
Acorda para ver o que a vida trás
Acorda, sem medo, acorda
Eu te chamo de volta ao mundo
O que o mundo trará, o que o sol dirá
Ao ver que o dia do mundo já se foi
Ou que o tempo mudou e a chuva se fez
Eu acordo, e acordo com o mundo
Eu vejo, eu rio, eu faço, eu mando, eu mato
Eu falo ao mundo o que ele não quer ouvir
E que venha o sol para calar meu chamado
Eu chamo o mundo de volta ao passado
Eu chamo o fantasma de volta ao morto
Eu faço do céu a estrela guia do amanhã
Eu faço de tudo para devolver sua consiência
Então, acorda Mundo, mudo, sujo ou infértil
Volta à vida que um dia lhe foi dada
Acorda para ver que o sol ainda existe
Acorda para ver que você ainda é forte
Que ainda resiste
Que ainda persiste
Acorda para sonhar de novo
Acorda para ver o que a vida trás
Acorda, sem medo, acorda
Eu te chamo de volta ao mundo
Monday, November 01, 2010
Eis a minha fé
Eu acredito no meu Deus, não nos seus.
Acredito na minha fé, não nas suas.
Não leio um livro que me diga o que fazer,
não leio histórias, finjo não saber.
Não entro em discussões, o melhor é se guardar,
porque eu sei, dentre as paredes do meu quarto
terei o meu Deus, e conversarei com ele
como alguém falando consigo mesmo.
Porque meu Deus, meus caros, está dentro de mim,
não em qualquer religião.
Acredito na minha fé, não nas suas.
Não leio um livro que me diga o que fazer,
não leio histórias, finjo não saber.
Não entro em discussões, o melhor é se guardar,
porque eu sei, dentre as paredes do meu quarto
terei o meu Deus, e conversarei com ele
como alguém falando consigo mesmo.
Porque meu Deus, meus caros, está dentro de mim,
não em qualquer religião.
Saturday, October 30, 2010
Tempo Verbal
Será, que por um acaso qualquer de desencontros da multidão
uma luz, um raio, pedidos de música em um bar qualquer.
Posso botar-me de pé, cantar, dançar, ser quem realmente sou
e após me libertar dormir em paz, sem medo e sem culpa?
Ou todo esse peso ainda há de me seguir,não importa o que eu faça?
Pois meu ápice de felicidade deu-se num romance errante.
Um livro de páginas erradas, com marcadores incertos
dúvida cega, dor mais do que perfeita, como o tempo de meu passado
do qual nada sobrou, transformara a lágrima em rosto seco.
Sem dúvidas, não há caminhos no desespero, mas há a ilusão
de que tudo o que faço já não adianta mais, deitei no sofá.
Queria apenas gritar, soltar minha voz ao som de um piano
em uma música que me faça chorar. Mas não quero ser julgado
por minhas escolhas ou mesmo pelo meu passado condenado.
Que passou.
uma luz, um raio, pedidos de música em um bar qualquer.
Posso botar-me de pé, cantar, dançar, ser quem realmente sou
e após me libertar dormir em paz, sem medo e sem culpa?
Ou todo esse peso ainda há de me seguir,não importa o que eu faça?
Pois meu ápice de felicidade deu-se num romance errante.
Um livro de páginas erradas, com marcadores incertos
dúvida cega, dor mais do que perfeita, como o tempo de meu passado
do qual nada sobrou, transformara a lágrima em rosto seco.
Sem dúvidas, não há caminhos no desespero, mas há a ilusão
de que tudo o que faço já não adianta mais, deitei no sofá.
Queria apenas gritar, soltar minha voz ao som de um piano
em uma música que me faça chorar. Mas não quero ser julgado
por minhas escolhas ou mesmo pelo meu passado condenado.
Que passou.
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