Monday, November 30, 2009

E as flores, belas flores.

E as flores?
O que são as flores?

Manifestos, objetos, atos concretos
Dos mais abstratos, os tratos,
O mais contundente traço delicado
Mundo: coração e mente abertos.

São pés a desenhar no chão
Na dança que a natureza criou;
Palavras coloridas e mordazes,
Ideais paralelos na contra-mão.

Dia, noite, tarde e rebeldia...
Luz sonora, ao som da bela aurora.
Dos mais belos deuses, o amor
E o tchau choroso de quem partira.

Lágrimas,Sonhos,
o Futuro enraizado ao seu jardim.
Poesia visual
embalada a momentos sem fim.

Na interminável dança da vida,
A música se torna contexto desigual
Alicerçando os componentes principais
Dessa pintura propositalmente acidental.

... E as flores?
O que são as flores?

Saturday, November 28, 2009

Nosso crime não compensa..

E hoje, minhas mãos que antes se encaixavam perfeitamente nas suas,
estão vazias.
O peito em que repousava, chorava, ria, sorria, falava besteiras das mais comuns
entre namorados, hoje, já não está mas aqui.
Não encontro mais, aquele ombro, em que podia respirar aliviada, e esqueçer do resto do mundo,
pelo menos por alguns instantes.
E aquele sorriso, que naquele momento me parecia ser o mais verdadeiro possível.
Aqueles olhos, que me devoravam por inteira, e por mais apaixonado que fosse, revelava um desejo,
quase incontrolado.
O tremer de pernas, quando você encostava em meus lábios, e sabia exatamente, o que fazer
para me tirar fora de mim.
''Enquanto você conversa e me beija
Ao mesmo tempo eu vejo
As suas cores no seu olho, tão de perto
Me balanço devagar
Como quando você me embala
O ritmo rola fácil
Parece que foi ensaiado''

É aquele 'lugar' no qual você sente, que essa conexão que existe entre vocês, nós, é especial,
e que ele não é apenas mais um
Os braços, entre os quais, me sentia segura, como todos devem se sentir pelo menos uma
vez na vida, por que, aí sim, poderam dizer que foram amados de verdade ao menos, essa unica vez...
''Até parece que você já tinha
O meu manual de instruções
Porque você decifra os meus sonhos
Porque você sabe o que eu gosto
E porque quando você me abraça
O mundo gira devagar''

O jeito como fala, a sua voz, é algo que me embriaga, e logo depois me deixa sobria, nos momentos de ecstasy.
Sua risada, é algo tímido, mas com alegria, aquela mesma que me faltava nos dias nublados, e que hoje me faz
falta ainda mais.
E quando percebo, já não existe mas o 'eu', existe apenas, o nós!
''Adoro essa sua cara de sono
E o timbre da sua voz
Que fica me dizendo coisas tão malucas
E que quase me mata de rir
Quando tenta me convencer
Que eu só fiquei aqui
Porque nós dois somos iguais''

E hoje, eu queria poder parar o tempo, e voltar tudo ao começo, no nosso primeiro beijo, por que sei, que a partir
dalí, daquele instante, foi que eu aprendi o que era ser feliz, o que era ser alguem.
Defeitos meu amor, todos nós temos, mas é issu o que faz cada um ser cada um, todos somos importantes para alguem,
eu sempre te disse issu!
''E o tempo é só meu
E ninguém registra a cena
De repente vira um filme
Todo em câmera lenta
E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é''

Até hoje, penso em como mostrar tudo issu para você, sem que pareca cliche demais, ou ladainhas, antes já ditas.
Contínuo aqui, esperando pelo dia, em que você acredite em pelo menos uma das várias palavras, de tudo que eu
disse aqui...pois nada do que a gente viveu, foi mentira!
''Eu vou equalizar você
Numa freqüência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim''

É, eu te amo! ;@

O verbo que me faz cantar

Se eu pudesse lhe dizer você já saberia
todo o sentimento que nunca mudaria
toda a alegria e toda a convivência
Compostas em duas de uma só vida.
de um amor só...

Eu espero por você
só sei é te querer
eu respiro por você
te amar me faz viver.

Toda a minha vida, procurei alguém
e sem saber quem, encontrei-te no caminho
e me encantei pelo teu jeito, pelo teu carinho
hoje, me sinto dependente de você.
e sou feliz por isso.

Queria poder te dizer
tudo o que você já sabe
que eu te amo para sempre
de meu coração tu tens a chave...

E eu espero por você
só sei é te querer
eu respiro por você
te amar me faz viver.

Te faço feliz como tu me faz sorrir?
te faço sorrir como tu me faz sentir?
te faço sentir como tu me faz te amar?

Porque sempre hei de aqui estar
aonde quer que você fuja, aonde quer que você vá
pois longe de ti, jamais quero estar
e viver desse verbo amar quero continuar.

E eu espero por você
só sei é te querer
eu respiro por você
te amar me faz viver.

Só sei, te amar.

Monday, November 16, 2009

O jogo da vida

A destruição está chegando, a passos curtos, como alguém caminhando aleatoriamente pelas ruas sem destino algum...mas um dia ela chegará nele, e vai cumprir seu objetivo, sua sina.Não será doloroso para a crueldade em si, mas para quem a toma, em quem será atingido, os sonhos, sim...os sonhos serão pegos de surpresa e não terão tempo nem de respirar mais uma vez, a frustração vira o carro-chefe agora. A esperança é levada ao nocaute e a vitória está declarada, o desânimo ganhara no meio de tantos sentimentos.

E ele se fantasia de inutilidade, beija os lábios sombrios de uma frustração sem limites, tua amante está ali, tua esposa é a tristeza...que traída se sente na obrigação de se mostrar mais forte dentro de todo esse teatro, mas onde está mesmo a distração?Tentando mostrar-se por um tempo, ela está no time da esperança..é a mais forte do time nesse momento tão pertubado.Mas o time da depressão está ganhando de 2 a 0, e não há mais prorrogação, 2º tempo ou penalidades. E nenhum juiz para mudar o rumo do jogo, está acabado, declarado o campeão.

Mas espere!O que é aquele outro caminho, aquele outro fio de esperança caminhando em direção a todos?É uma Deusa, angelical, perfeita...mas desapontada, a depressão ganhara mais uma vez...As palavras reconfortantes da Deusa tentam entrar pelo ouvido, realmente tentam, mas toda a legião sombria impede, a distração apanha cada vez mais de um choro soluçante, na tristeza forma-se o sorriso de quem diz 'vitória!'.Mas lá no fundo...lá no fundo a vingança mostra o quão pode ser benéfica, fortalece a esperança, casa-se com a fé e agora pode beijar a noiva, pois o jogo está empatado e faltam apenas 5 minutos...

O sonho renasce numa forma mais modesta, mas ao mesmo tempo esperançosa...o jogo continua empatado, mas se encaminha para uma vitória daquela luz...aquele fio de luz aparecendo no fim do bosque escuro onde se formou toda a guerra, estamos quase lá...falta pouco, e a confiança diz 'se for para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que eu fico!', contrariando a oposição e acirrando mais ainda a possivel prorrogação.Rolem os dados.

E os anjos dizem amém.

Saturday, November 14, 2009

Você

E então é dado o diagnóstico e concluída a preferência. Você não sabe onde está, mas tem consigo sua própria opinião; o que a filosofia tentaria mudar, leva todo o apoio do seu coração.
As pessoas ao redor estão falando de maneira errônea, cada um com o grau de dificuldade de seu dialeto e, em meio a tantos idiomas, o silêncio rumina em som um poema concreto.
Toda escuridão envolve uma luz
Cada luz remete ao meu pensar
Traçar o caminho que a ti mesmo conduz
Comemorar na ilusão a capacidade de amar

Como tudo, o nada é unânime. É na humildade daquele que tem piedade, onde começa o espelhar. Está lá o seu inimigo. Na sala vazia. Está lá você. Mas aquele você não é um simples pronome; aquele você é VOCÊ, o seu próprio dragão que cospe fogo, sua própria prancha que encaminha o pirata condenado ao saciar dos tubarões. Você é o engano de sua própria convicção.
Esse é você, porém também seu inimigo. Duas pessoas, dois gêneros literários de épocas diferentes, que são envoltos por uma só pele. Sua carne é podre, fétida e insalubre.
Esse é seu inimigo, porém também você. Ele se faz defensor de seu próprio predador. Presa fria, carne humana.
De qualquer forma, caça e caçador continuam sempre juntos. Ora perseguindo um ao outro, ora caminhando lado a lado - assim, construindo uma só criatura; tal denominada Ser Humano.

Friday, November 13, 2009

Perto do Céu

Fuçando em minha mochila (a qual comporta quilos de sonhos e pensamentos), encontrei um papel pautado, onde havia escrito parte de um poema, enquanto voltava pra casa, passando pela passarela e observando aquele céu maravilhoso de fim de tarde.

Daqui de cima o céu é tão sem graça!
Queria poder vê-lo de lá do chão,
Retratar o amor e a desgraça
Que se passa no meu coração.
Sempre.

O texto continuaria, mas me faltou a inspiração logo que acabou a passarela. Talvez essas inspirações repentinas e momentâneas sejam ruins. Talvez elas sejam boas. O importante é saber que elas existem e não me deixam cessar.

Tuesday, November 10, 2009

A dor do Palhaço

Nossas vidas se separaram. Mudamos de rumo, de interesses, de atrativos pessoais. Nossas vidas se separaram apesar de eu ainda chorar o fim. Em sintonia com o ranger da cadeira, pensei em abusar da minha sorte. Com boa vontade e satisfação plena, me encontrei em seu leito de morte. O fim encontrando, pela primeira vez, o início de algo escasso. Vivendo na insanidade e insensatez, abrindo os braços para mais um palhaço. Nariz vermelho e tinta a cobrir as imperfeições de um rosto velho. Sempre sorrindo, rindo, se divertindo, nunca quiseram saber se ele chorava. Perdeu a vida inteira procurando um horizonte para nele fixar seu olhar vazio, complexo, sadio.
Insano, sadio. Os planos são os mesmos... Procurou adormecer nos braços de quem se sentiu amado por dois ou três dias. Nas trevas, a luz; luz serena de um novo dia. O Palhaço procurava abrigo nas montanhas, longe da inocência das crianças que riam de cada tombo seu e de ver sua face no chão. Comer poeira não era somente força de expressão.
E quando sua maquiagem borrava, a tinta branca se misturava ao nada e dali uma gota alva saía. Era dor, sentimento inexpressado, era tinta de modo mal passado. A arte de um palhaço que não sabia se pintar. Mas o Palhaço não desistia; queria ver flores, queria ver dia, ele queria ver algo que não podia. Palhaços não enxergam a realidade, era o que todo mundo dizia.
E tudo que é proibido, aquele palhaço fazia. Chorava, tremia, se entristecia. Quando ninguém o assistia, o Palhaço também dormia.
Porém chegou o dia de o Palhaço fazer algo do qual ninguém ria: dormir e não mais acordar.
Pela primeira vez, alguém havia soluçado ao ver o Palhaço. Pela primeira vez, alguém viu sua maquiagem perfeita se desmanchar em sua face. Pela primeira vez, alguém viu que o Palhaço também fazia aniversário, viram suas rugas e seu triste semblante livre da gargalhada da criançada. E foi pela primeira vez que as lonas do circo não modificaram a tonalidade de sua pele...
Nossas vidas se separaram. Mudamos de rumo, de interesses, de atrativos pessoais. Nossas vidas se separaram apesar de eu ainda chorar o fim.
Nossas vidas... a minha, a do Palhaço e a de toda aquela gente que ria sem saber bem do que. E então, a população soluçou. Mais uma vez...
Pela última vez.

Tuesday, November 03, 2009

Ao ódio, só ódio

Quero ver teu sangue jorrar
Vou lavar tu'alma
E teu sangue lavará a minha
Alcançarás tudo que tanto almeja
Alcançarás a merecida glória
Dos medíocres, pseudo-humanos
Alcançarás a morte.

Quero ver-te agonizar
Vais lavar tua suja alma
E vais querer nem ao menos ter vivido.
E alcançarás tudo que tanto anseia
Não alcançarás o perdão que tanto implorarás
O perdão dos pseudo-justos
Porém alcançarás a morte

Quero ver-te rastejar
Pois és verme de alma suja,
Desejará ter sido outro
Tarde demais pra desejar, mas alcançarás!
Poderás caminhar, não mais invejará
Porque tu alcançarás a glória
Tu alcançarás tua morte

E que a morte o faça viver
Que a morte te dê asas
Porque aqui, não mereces mais o riso
E que teu sangue lave tua alma,
E que lave a minha também,
Porque a Morte é tudo que te resta.

Monday, November 02, 2009

2 meses

Certa vez o mar em sua tristeza imensa
olhou para cima, viu o brilho e a beleza
da lua, admirando teve a eterna certeza
de que apaixonar-se não poderia
era beleza demais, brilho demais
que sua grandeza não iria alcançar.

Mas ao ver cada dia mais tal luz
tal pureza, tal simplicidade...
se apaixonar foi consequencia
de olhar para algo tão perfeito
de ver a lua sem nenhum defeito.
Admirou-a ao relento...

Mas a lua lhe dera ouvidos, se apaixonara também
e dessa paixão impossivel, do reflexo da lua no mar
o amor floresceu, não se sabe como, não se sabe falar
nem preciso é, pois eu sei lhes dizer
o amor não necessita se explicar
e só de sentir, nada é impossivel.

Digo isso com a convicção de alguém apaixonado
que todos os dias se sente feliz, libertado
por ter alguém tão perfeito, tão lindo
a beleza feminina personificada em minha frente
todos os dias.

e todos os dias
quero mais e mais
te conquistar.

porque amor maior não há
beleza maior não há
do que a simplicidade, o convívio desse amor.
não te trago nenhuma jóia, nenhuma flor
mas meus pequenos e singelos versos
para quem sempre é minha inspiração.

Sunday, November 01, 2009

Pós-Forca

Tens em mãos algo bom.
Você não sabe o que é
Tampouco tem interesse em saber.
Mas... observe! É reluzente e traz guerra.
A guerra é rica fonte de renda,
Rica terra.
Ouro. Mais à frente, petróleo.
Rica terra.
Mergulham-nos em alho e óleo:
Um ponto no mapa que se enterra.

Um ponto no mapa. Apenas mais um.
É o que somos. Sempre dizem.

Beba deste cálice de sabedoria!
Por trás de toda propaganda,
Há uma frigideira a nos esperar.
Fritando os preconceitos, não.
Fumegando homens de peito
E crianças a sorrir e brincar.
Esse foi mais um dia de alegria,
O repórter disse na televisão.

Imaginando como seria sorrir,
Uma garota sonha.
E após deitar sobre a limpa fronha,
Ora.
É a prece de dias melhores.
"E dias melhores virão!", reza a lenda.

A garota olha o mundo com bons olhos
Mas nunca vê o que almeja.
Proposital - Desigualdade, fome, abandono.
O abandono concreto de algo abstrato,
- frutas, castiçais e bandejas -
Estava tudo no contrato,
Apenas mais um corpo sobre a mesa.

E boas qualidades,
Tais que as desconhece.
Garota triste, chora a desabafar;
Seus desabafos o vento leva
Transformando fome em pão.
Foi distante, e distalmente parou:
Aos pés de um pobre faminto,
Desejando a calmaria,
A paz de um mundo vilão.

Trepidantes, os rumores da sociedade.
Apedrejando prostitutas,
Batendo nas portas das casas,
Dê dinheiro e conseguirá seu lugar no céu! - gritam.
Com a caneta a arranhar o papel,
O contrato (aquele da morte sobre a mesa).
Mãos que seguram colheres a perfurar o doce,
É o dinheiro do povo, aquele doce de mel
Tamanha amargura, flamenjante como fel,
Que levam o saciar até a boca...
Veja! É o dinheiro do povo,
Que eles lavam tudo de novo,
Nessa época pós-forca.

A sobremesa acabou.

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...