Wednesday, July 27, 2011

Absinto

Eu via as linhas do vento passando por ti,
de relance o sol no reflexo do teu corpo,
andava a tua volta, via seus olhos sonhadores.
Quis te dizer uma palavra, mas não haveria resposta,
então calei-me, apenas contemplando a beleza
de teu corpo nú me olhando de relance.
Quis chamar-te à dança, pintar-te surrealista,
te transformar em literatura, escrever-te uma canção.
Estás com fome? Estás com sono?
Quer ouvir uma melodia de amor?
Enquanto eu sorria, tu ainda me olhava, como se não houvesse
futuro ou passado, amanhã ou ontem.
Como se a resposta para tudo fosse ficar ali, parada,
vendo o desejo consumir-me, o desejo de te ter.
A falácia de que tu és por direito minha e só minha.
Me perco nesse sorriso amarelado, pois eu sei,
a insanidade que me fez isso, a idéia insana de você.
Poderia apenas assistir um filme romântico, mas...
Ao invés disso quis te querer por inteira,
já que não viva ao meu lado, refeita em minhas próprias mãos.
Afinal, tu estás agora em sua cama e alma gêmea,
e eu estou aqui, a contemplar uma escultura.

No comments:

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...