Monday, July 04, 2011

Volver

Espere um pouco, véras dança,
música com um filete de prepotência,
como se já não bastasse a ignorância.
Vai encontrar, não... Vai aprender,
que quanto mais segura em algo perpétuo
mais o perpétuo desaparece.
É o tango argentino,
é a alma melancólica
se desfazendo no ritmo lento.
Não espere fazer o que é preciso,
apenas queira fazer, sem pensar,
não se sabe onde, não se sabe o que.
É como se seus pés soltassem o chão,
mas não para voar, apenas flutuassem.
Não adiantaria correr, andar, rastejar,
porque você não iria sair do lugar.
Continue dançando ao vento, sozinho,
é um tango, argentino, lentamente cortante
a cada nota significativa.
Nenhuma palavra sairá de sua boca agora,
tentará cantar, mas nada será ouvido...
Nenhum tom, nenhum grito estridente,
apenas a melodia melancólica.
Sobrou você e o tango.
Sobrou sua alma e a dança.
Sobrou seu tempo e o fim.
Nada de sua mente confusa sobreviverá,
aprenderá apenas a dançar, flutuando.
É você, são eles, apenas um tango, meu caro.
Não há do que temer.

Ah, espere?
Você espera não dançar sozinho?
Meu amigo, é um tango argentino,
quão alegre poderia ser?

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