Eu via as linhas do vento passando por ti,
de relance o sol no reflexo do teu corpo,
andava a tua volta, via seus olhos sonhadores.
Quis te dizer uma palavra, mas não haveria resposta,
então calei-me, apenas contemplando a beleza
de teu corpo nú me olhando de relance.
Quis chamar-te à dança, pintar-te surrealista,
te transformar em literatura, escrever-te uma canção.
Estás com fome? Estás com sono?
Quer ouvir uma melodia de amor?
Enquanto eu sorria, tu ainda me olhava, como se não houvesse
futuro ou passado, amanhã ou ontem.
Como se a resposta para tudo fosse ficar ali, parada,
vendo o desejo consumir-me, o desejo de te ter.
A falácia de que tu és por direito minha e só minha.
Me perco nesse sorriso amarelado, pois eu sei,
a insanidade que me fez isso, a idéia insana de você.
Poderia apenas assistir um filme romântico, mas...
Ao invés disso quis te querer por inteira,
já que não viva ao meu lado, refeita em minhas próprias mãos.
Afinal, tu estás agora em sua cama e alma gêmea,
e eu estou aqui, a contemplar uma escultura.
Wednesday, July 27, 2011
Wednesday, July 20, 2011
Despertador
Enquanto eu olhava as fotos,
enquanto eu suspirava os fatos.
A voz que me vinha a cabeça,
sua voz, cochichando em meus ouvidos:
"Você fez o que quis, você quis o que fez"
E eu balbuciando pequenas palavras sozinho...
"Eu...eu...me desculpe, me perdoe"
Me apunhale pelas costas, jogue em um canto escuro.
Não fui nem um pouco o homem que desejei ser,
fugi mesmo aos meus princípios, cortei meu próprio dedo.
É esse seu medo de me querer novamente,
essa sensação de que tudo voltará.
Me traz a imaginação traiçoeira, verdadeira
de você falando aos prantos:
"Você me fez sorrir, me fez chorar, quer-me fazer voltar?"
Nunca disse essas palavras, não houve momento a lhe procurar.
O simples ato de ainda querer lhe ver, lhe sentir em um abraço,
foi a ilusão sua e minha de um novo começo,
de um adereço que não houve em um momento sequer,
o sentimento cheio na alma vazia, que ali jazia, não houve.
Aqui estou eu, novamente a te matar por dentro,
novamente a te querer por fora, sendo egoísta.
Um humano só no meu próprio universo,
utilizando cada ser como se fosse um objeto.
Aqui está você, meu livro preferido de historias mal contadas
já desgastado pelo tempo, empoeirado pelo vento,
com páginas rasgadas que já não voltam mais...
A culpa foi minha, que te tratei como não devia
e agora alucino com suas memórias de vida,
lembranças da morte.
O meu maior medo, é querer novamente arrancar-lhe um pedaço.
Está tão linda em minhas memórias...
Porém enquanto estou a beira da ponte querendo pensar
te ouço baixo, bem baixo, ouvido a sussurrar:
"Pule..."
enquanto eu suspirava os fatos.
A voz que me vinha a cabeça,
sua voz, cochichando em meus ouvidos:
"Você fez o que quis, você quis o que fez"
E eu balbuciando pequenas palavras sozinho...
"Eu...eu...me desculpe, me perdoe"
Me apunhale pelas costas, jogue em um canto escuro.
Não fui nem um pouco o homem que desejei ser,
fugi mesmo aos meus princípios, cortei meu próprio dedo.
É esse seu medo de me querer novamente,
essa sensação de que tudo voltará.
Me traz a imaginação traiçoeira, verdadeira
de você falando aos prantos:
"Você me fez sorrir, me fez chorar, quer-me fazer voltar?"
Nunca disse essas palavras, não houve momento a lhe procurar.
O simples ato de ainda querer lhe ver, lhe sentir em um abraço,
foi a ilusão sua e minha de um novo começo,
de um adereço que não houve em um momento sequer,
o sentimento cheio na alma vazia, que ali jazia, não houve.
Aqui estou eu, novamente a te matar por dentro,
novamente a te querer por fora, sendo egoísta.
Um humano só no meu próprio universo,
utilizando cada ser como se fosse um objeto.
Aqui está você, meu livro preferido de historias mal contadas
já desgastado pelo tempo, empoeirado pelo vento,
com páginas rasgadas que já não voltam mais...
A culpa foi minha, que te tratei como não devia
e agora alucino com suas memórias de vida,
lembranças da morte.
O meu maior medo, é querer novamente arrancar-lhe um pedaço.
Está tão linda em minhas memórias...
Porém enquanto estou a beira da ponte querendo pensar
te ouço baixo, bem baixo, ouvido a sussurrar:
"Pule..."
Monday, July 04, 2011
Volver
Espere um pouco, véras dança,
música com um filete de prepotência,
como se já não bastasse a ignorância.
Vai encontrar, não... Vai aprender,
que quanto mais segura em algo perpétuo
mais o perpétuo desaparece.
É o tango argentino,
é a alma melancólica
se desfazendo no ritmo lento.
Não espere fazer o que é preciso,
apenas queira fazer, sem pensar,
não se sabe onde, não se sabe o que.
É como se seus pés soltassem o chão,
mas não para voar, apenas flutuassem.
Não adiantaria correr, andar, rastejar,
porque você não iria sair do lugar.
Continue dançando ao vento, sozinho,
é um tango, argentino, lentamente cortante
a cada nota significativa.
Nenhuma palavra sairá de sua boca agora,
tentará cantar, mas nada será ouvido...
Nenhum tom, nenhum grito estridente,
apenas a melodia melancólica.
Sobrou você e o tango.
Sobrou sua alma e a dança.
Sobrou seu tempo e o fim.
Nada de sua mente confusa sobreviverá,
aprenderá apenas a dançar, flutuando.
É você, são eles, apenas um tango, meu caro.
Não há do que temer.
Ah, espere?
Você espera não dançar sozinho?
Meu amigo, é um tango argentino,
quão alegre poderia ser?
música com um filete de prepotência,
como se já não bastasse a ignorância.
Vai encontrar, não... Vai aprender,
que quanto mais segura em algo perpétuo
mais o perpétuo desaparece.
É o tango argentino,
é a alma melancólica
se desfazendo no ritmo lento.
Não espere fazer o que é preciso,
apenas queira fazer, sem pensar,
não se sabe onde, não se sabe o que.
É como se seus pés soltassem o chão,
mas não para voar, apenas flutuassem.
Não adiantaria correr, andar, rastejar,
porque você não iria sair do lugar.
Continue dançando ao vento, sozinho,
é um tango, argentino, lentamente cortante
a cada nota significativa.
Nenhuma palavra sairá de sua boca agora,
tentará cantar, mas nada será ouvido...
Nenhum tom, nenhum grito estridente,
apenas a melodia melancólica.
Sobrou você e o tango.
Sobrou sua alma e a dança.
Sobrou seu tempo e o fim.
Nada de sua mente confusa sobreviverá,
aprenderá apenas a dançar, flutuando.
É você, são eles, apenas um tango, meu caro.
Não há do que temer.
Ah, espere?
Você espera não dançar sozinho?
Meu amigo, é um tango argentino,
quão alegre poderia ser?
Friday, June 17, 2011
Sorriso, não alma.
O palhaço segue sua alegria
e da sua vida o cala
a alma do dia que ja foi,
a dor de uma suposta morte.
Nada o impede agora,
nada de sua vida vazia,
nada a que se apegar,
nada do que desejar.
É sua vida, palhaço,
não a de um ser humano qualquer.
É a alma, é a dor, é a morte...
Tudo o que te espera já está por vir
e não espere por vê-los partirem,
pois você é palhaço.
Ninguém quer te levar a sério,
é só o momento da diversão,
é o copo de rum, é a alma de um,
somente e semente, palhaço.
É o circo francês, almoço burguês,
são os ricos, amigos, os desfavorecidos,
mas não é você, pois é palhaço.
O mundo não espera nada de ti,
nem você acredita no próprio sorriso,
sem dor, sem entusiasmo, sem fé,
como Deus virando um ateu.
Esse é você, esse sou eu.
Palhaço.
e da sua vida o cala
a alma do dia que ja foi,
a dor de uma suposta morte.
Nada o impede agora,
nada de sua vida vazia,
nada a que se apegar,
nada do que desejar.
É sua vida, palhaço,
não a de um ser humano qualquer.
É a alma, é a dor, é a morte...
Tudo o que te espera já está por vir
e não espere por vê-los partirem,
pois você é palhaço.
Ninguém quer te levar a sério,
é só o momento da diversão,
é o copo de rum, é a alma de um,
somente e semente, palhaço.
É o circo francês, almoço burguês,
são os ricos, amigos, os desfavorecidos,
mas não é você, pois é palhaço.
O mundo não espera nada de ti,
nem você acredita no próprio sorriso,
sem dor, sem entusiasmo, sem fé,
como Deus virando um ateu.
Esse é você, esse sou eu.
Palhaço.
Wednesday, June 08, 2011
Temor (Hora de Delírio)
Segue um dos melhores poemas que já vi, feito por Junqueira Freire.
Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
Aproxima-se mais à essência etérea.
Achou pequeno o cérebro que o tinha:
Suas idéias não cabiam nele;
Seu corpo é que lutou contra sua alma,
E nessa luta foi vencido aquele.
Foi uma repulsão de dois contrários;
Foi um duelo, na verdade insano:
Foi um choque de agentes poderosos:
Foi o divino a combater com o humano.
Agora está mais livre. Algum atilho
Soltou-se-lhe do nó da inteligência;
Quebrou-se o anel dessa prisão de carne,
Entrou agora em sua própria essência
Agora é mais espírito que corpo:
Agora é mais um ente lá de cima;
É mais, é mais que um homem vão de barro:
É um anjo de Deus, que Deus anima.
Agora, sim - o espírito mais livre
Pode subir às regiões supernas:
Pode, ao descer, anunciar aos homens
As palavras de Deus, também eternas
E vós, almas terrenas, que a matéria
Ou sufocou ou reduziu a pouco,
Não lhe entendeis, por isso, as frases santas,
E zombando o chamais, portanto: - um louco!
Não, não é louco. O espírito somente
É que quebrou-lhe um elo da matéria.
Pensa melhor que vós, pensa mais livre,
aproxima-se mais à essência etérea.
Saturday, May 28, 2011
Personagem da realidade
Vejo muito do House em mim.
Não pelo sarcasmo, não pelo gênio da medicina, mas pelo ser humano escondendo-se dentre vícios, escondendo o sofrimento que sente, e o que não sente. Vejo muito dele em mim nos momentos que uma personalidade orgulhosa transforma-se em prol de quem se ama, sacrifica-se.
E como com ele, todos os sacrificios são em vão, toda a luta para que a felicidade ocorra, para que o vício seja em ser feliz e não em uma droga ou trabalho qualquer. Tudo isso não dura mais do que a alegria ao se sentir bêbado em um prazer repentino com qualquer outra distração, nada disso adianta mais do que esconder-se dentro de uma profissão, dentro de qualquer outro pensamento que o leve daquele lugar sujo e miserável.
Não é uma pessoa desconfigurada, fracassada, somos todos nós, de uma forma menos agressiva, mas igualmente egoísta. Que muda ao se apaixonar, e volta mais forte quando tudo dá errado. Assim como ele, temos nossos vícios, nossas fraquezas, nossa insistência em permanecer infelizes, em nos grudar em qualquer coisa que faça-nos esquecer do que realmente importa. E assim como ele, fracassamos em toda tentativa de mostrar que não precisamos de mais ninguém.
Só queremos ser menos miseráveis, menos dependentes de nossos sentimentos.
Somos, como House, filhos de um fracasso, tendendo ao suícidio, não físico, mas mental.
Não pelo sarcasmo, não pelo gênio da medicina, mas pelo ser humano escondendo-se dentre vícios, escondendo o sofrimento que sente, e o que não sente. Vejo muito dele em mim nos momentos que uma personalidade orgulhosa transforma-se em prol de quem se ama, sacrifica-se.
E como com ele, todos os sacrificios são em vão, toda a luta para que a felicidade ocorra, para que o vício seja em ser feliz e não em uma droga ou trabalho qualquer. Tudo isso não dura mais do que a alegria ao se sentir bêbado em um prazer repentino com qualquer outra distração, nada disso adianta mais do que esconder-se dentro de uma profissão, dentro de qualquer outro pensamento que o leve daquele lugar sujo e miserável.
Não é uma pessoa desconfigurada, fracassada, somos todos nós, de uma forma menos agressiva, mas igualmente egoísta. Que muda ao se apaixonar, e volta mais forte quando tudo dá errado. Assim como ele, temos nossos vícios, nossas fraquezas, nossa insistência em permanecer infelizes, em nos grudar em qualquer coisa que faça-nos esquecer do que realmente importa. E assim como ele, fracassamos em toda tentativa de mostrar que não precisamos de mais ninguém.
Só queremos ser menos miseráveis, menos dependentes de nossos sentimentos.
Somos, como House, filhos de um fracasso, tendendo ao suícidio, não físico, mas mental.
Sunday, May 15, 2011
Autocontrole
O que deveria fazer agora?
O que deveria sentir?
Todos meus sonhos pararam
e eu já não sei para onde ir.
Quais novos sonhos terei?
Quem será o nome da vez?
Tantas questões sem nenhuma resposta.
Quero e não quero, não sei.
E as novas fantasias acordado?
As novas vidas, os sonhos
cheios de receios e sentimentos.
Por onde irei arranjar mais algum?
E se não sei dizer o que sinto?
Se não sei mais mentir, mas eu minto?
Apenas sei que estou bem,
mas nem perto de ser feliz.
Overdose de perguntas, talvez.
Só sei que nenhuma delas responde
o porquê de eu saber quando,
mas não ter idéia do aonde.
E como saberia?
Desta vida de meus sonhos,
que em meus sonhos não está mais
e nem em meus pesadelos.
É a realidade, que não me faz querer voltar,
mas também não dá nenhum motivo para continuar.
Não sentir nada, não lembrar de nada.
Se animar por tudo, desanimar por tudo.
Cego, mudo, já não se permite ouvir nem falar
um de seus problemas, ou de qualquer outra pessoa.
Caminho em um labirinto sem fim
que faz parte dos meus melhores sonhos,
minhas melhores alucinações acordado.
Mas ando em círculos, como se estivesse perdido
dentro do meu próprio ser.
O que deveria sentir?
Todos meus sonhos pararam
e eu já não sei para onde ir.
Quais novos sonhos terei?
Quem será o nome da vez?
Tantas questões sem nenhuma resposta.
Quero e não quero, não sei.
E as novas fantasias acordado?
As novas vidas, os sonhos
cheios de receios e sentimentos.
Por onde irei arranjar mais algum?
E se não sei dizer o que sinto?
Se não sei mais mentir, mas eu minto?
Apenas sei que estou bem,
mas nem perto de ser feliz.
Overdose de perguntas, talvez.
Só sei que nenhuma delas responde
o porquê de eu saber quando,
mas não ter idéia do aonde.
E como saberia?
Desta vida de meus sonhos,
que em meus sonhos não está mais
e nem em meus pesadelos.
É a realidade, que não me faz querer voltar,
mas também não dá nenhum motivo para continuar.
Não sentir nada, não lembrar de nada.
Se animar por tudo, desanimar por tudo.
Cego, mudo, já não se permite ouvir nem falar
um de seus problemas, ou de qualquer outra pessoa.
Caminho em um labirinto sem fim
que faz parte dos meus melhores sonhos,
minhas melhores alucinações acordado.
Mas ando em círculos, como se estivesse perdido
dentro do meu próprio ser.
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Applesauceless Week
Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...
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Bom, como eu não sou uma especialista, é claro que vão ter algumas falhas no post, mas o que vale é a intenção \o/ 1º Se você resolve pintar...
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Atos Escrevo Porque não sei cantar Porque não sei dançar Porque não sei sorrir Porque só sei sentir Sinto Porque não sei fingir Porque não s...
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*O* wwoooon! segunda eu conheçi o amigu do cris. ou melhor o outro autor do blog que até agora eu não sei escrever o nome :D skspoakspokas...