Encontrei-te, como quem não procurava
tu apareceu cicatrizando minhas feridas.
Passado não muda, porém te amo
no presente e no futuro.
E eu ainda penso em como esta cena é um absurdo.
Na minha estrada havia buracos permanentes.
Gigantescas bagagens de um passado já distante
que eu insistia em carregar...
Tu, como quem chega ventania, jogou-as longe
então a partir dali eu podia novamente viajar.
Como pode uma estrela tão bonita querer-me do teu lado?
Podes princesa escolher o salto alto e o par nesse salão,
mas escolhe, sem titubeação, o garoto que vendia os ingressos.
O garoto e sua princesa, o garoto e o seu amor.
Se eu pudesse te dizer hoje, eu te diria "não se vá".
És parte de minh'alma agora, és dentes de meu sorriso.
Porque no teu abraço encontrei o meu calor,
no teus pés descalços encontrei minha alegria.
Minha querida, minha querida, minha, meu, amor.
Tu fez feliz um jovem poeta sonhador.
Wednesday, March 07, 2012
Monday, March 05, 2012
Milena
Mi, mi, Milena.
Alma gigante,
garota pequena.
Mi,mi, Milena.
Salvo sua guarda,
eterno cinema.
Mi, mi, Milena.
Te escondo em meu quadro,
te congelo em minha cena.
O nome da rosa, o espeto da flor
és tu Milena, és tu princesa
Como um só nome causa esse ardor?
O choro de um anjo,
jorranjo água viva, jorrando água quente.
Enquanto houver palavras para te descrever
Teu rosto corado, seus olhos brilhando
Teu beijo molhado, teu perfume de flores
Teu corpo colado, tua meigacidade.
Pois invento um neologismo pra ti.
Mi,
Mi,
Milena.
Te guardo em minh'alma, te faço um poema.
Alma gigante,
garota pequena.
Mi,mi, Milena.
Salvo sua guarda,
eterno cinema.
Mi, mi, Milena.
Te escondo em meu quadro,
te congelo em minha cena.
O nome da rosa, o espeto da flor
és tu Milena, és tu princesa
Como um só nome causa esse ardor?
O choro de um anjo,
jorranjo água viva, jorrando água quente.
Enquanto houver palavras para te descrever
Teu rosto corado, seus olhos brilhando
Teu beijo molhado, teu perfume de flores
Teu corpo colado, tua meigacidade.
Pois invento um neologismo pra ti.
Mi,
Mi,
Milena.
Te guardo em minh'alma, te faço um poema.
Thursday, February 02, 2012
Romance inglês
Sei, como todos sabem, que algo dito no começo nada mais é que um devaneio de sentimentos, nada mais é do que a ansiedade e felicidade dando notícias e dizendo um alô, mas tenho a certeza de um ex-poeta que não sabia mais escrever, que nada do que eu dissesse agora seria menos verdadeiro do que algo dito daqui a um mês ou dois anos.
Eu estou provando um pouco do que eu sentia falta, com um novo anjo, com uma nova pessoa que me faz pensar o porque eu demorei tanto para procurar esse sentimento novamente. Sei que procurei, sei que não encontrei nada que chegasse ou pudesse chegar perto do que eu sinto hoje, mas hoje sei bem que nada do que eu disser vai ser significante o suficiente para o que essa pessoa já fez meu coração sentir.
Sim, sorrio como se o ontem fosse mesmo passado e o amanhã fosse meu futuro sorriso permanente. Hoje sorrio amarelado com um doce aroma de você pela manhã, dedico cada espaço do meu sorriso para ti, porque você foi quem o fez acontecer naturalmente, sem forçar para uma foto de aparências.
Tentei te perpetuar em poesia, mas como posso fazer caber um coração tão valioso em um poema tão pobre? Não...prefiro dizer dentre linhas o que você me faz pensar e sentir. Sinceramente tenho receio de tudo a minha volta por ter sentido o certo na hora errada e me perdido dentre os sentimentos que tive por alguém e hoje sinto por ti, mas não me leve a mal, são receios que diminuem como o sol na vista do anoitecer, gradativamente e de uma beleza cada vez maior.
Como pode um ex-poeta escrever depois de tanto tempo algo que signifique a alma que lhe faz feliz? Sua alma por si já é poesia, não precisa de palavras que a definam. Frases são poucas para você, você é romance, daqueles ingleses com dizeres bonitos de almas maravilhosas.
Como uma deusa, uma princesa, minha amante e meu amor.
Assinado: Seu ex-poeta preferido.
Friday, December 23, 2011
Sorteio
Do seu lado, ali, parado e sujo estava aquela antiga arma da Segunda Guerra Mundial. A mesma que foi-lhe companheira durante toda a década de 40, era seu troféu, era sua irmã, era a unica coisa que sobrara em sua vida. 89 anos vividos dentre guerras e sorrisos, entre almas caídas por amor e por dor, entre viagens boas e ruins. Hoje seus 89 anos significavam o que ele não pode aproveitar, deixou em algum momento suas fichas caírem no chão e não voltou para pegá-las, era hoje os resquícios de um homem, deixou de ter amantes, deixou de ter ascendentes, deixou tudo para depois, exceto a guerra. A mesma que lhe deixou em coma por vinte anos após uma granada perguntar se podia arruinar sua vida.
Voltando ao tempo, temos um homem, com 46 anos acordando para sua nova vida, sua pouca propensão a ter amigos explodiu junto da fonte de seu coma, não teve nem a compaixão da própria enfermeira que lhe deu os cuidados necessários para que voltasse à sua vida normalmente, e ele perguntou o que era vida, parecia algo tão subjetivo, o que faria dela? Era de comer? Seu novo modo anti-social aliado a sua pensão vitalícia por danos causados pela guerra lhe permitiu uma vida sem contatos pessoais, sem afeições. Nem mesmo a garota do supermercado se atrevia a sorrir para um homem de barba mal feita e mal encarado como era agora aquele anti-herói da humanidade.
Hoje é seu aniversário de 89 anos, o tempo passou mais rápido, não? Mas ele aguardava ansiosamente sua morte, desejava que a granada não tivesse sido incompetente em sua missão e assistia programas gastronômicos para descobrir se o Bacon era uma boa forma de se matar lentamente. Em sua porta pilhas de jornais, revistas e correspondências de parentes distantes. Não se atreveu a sair de casa durante 25 anos, desde que levou uma bala nas costas e perdeu o movimento de seu lado direito do corpo. Sua motivação, que já fora quase nula tempos atrás, tornou-se absolutamente zero. Mas a morte não lhe dava sossego tão cedo.
Ele deitou e colocou a arma sobre seu peito, começou a cantar uma cantiga que sua mãe cantarolou quando seu pai ia foi ao trabalho ser morto por rebeldes aquele dia. Ele lembrou, ela chorava e cantava, uma canção tão depressiva que trazia sentimentos depressivos até ao mais otimista dos homens. Na época ele entendeu que devia honrar a morte de seu pai, quando chegou ao exercito percebeu que era tudo bobagem, e esperou ansiosamente pela sua dispensa, planejava ter filhos caso encontrasse uma mulher que gostasse de seu jeito introvertido, pois afinal, tinha suas qualidades, tais como inteligência e beleza, mesmo que discreta.
"Eis que a morte nos separa e convém nos deixar sozinhos uns com os outros, cuidando de nossos próprios problemas e pensando no passado como uma dor existente e pontiaguda no peito. Você, que desse seu jeito me faz feliz, vá para a guerra, saberão lhe cuidar, saberão lhe cuidar, para que eu nunca mais veja seu rosto novamente..."
Dormiu enquanto cantava, sua arma em seu peito, pobre sujeito de escolhas erradas.
A morte dormia também, acabara de matar um jovem estudante amante da vida.
A morte dormia também, acabara de matar um jovem estudante amante da vida.
Friday, October 28, 2011
Definitivo
Pense em alguém.
Agora pense que essa pessoa goste de escrever, goste de ver como as palavras formam um desenho suave e bem feito quando dispostas de uma forma linear entre parágrafos, versos, estrofes e pontos finais. Essa pessoa se vê como um mero escritor de finais de semana, enquanto não tem metade da coragem que tem de escrever, para dizer. Uma pessoa que sente saudade de sentir saudade, sente amor por sentir amor, sente dor, mas não sente nada.
Essa pessoa escreve despretenciosamente em um papel um conjunto de palavras que a define: Insegurança, música, café, escrever e sonhos, muitos sonhos. Você riria dessa pessoa ao ela dizer rindo que espera escrever um livro com suas escritas. Você a vê como um mero ser humano sonhador que acredita em contos de fada, mas sente-se só ao saber que você costumava ser quem acreditava nesses contos, você costumava ser essa pessoa. O que sobrou ?
Você escreve um "tu" em um papel e espera que a segunda pessoa te faça escrever algo simbolicamente bonito. Enquanto isso essa pessoa juntava suas metáforas envolvendo sol, mar, alma, água e espinhos, esse conjunto de metáforas que você costumava usar quando escrevia sem pensar no que dizer. Não esqueceremos do final com uma frase de impacto, daquelas que, se ninguém lesse o texto todo, ao menos iriam se impressionar com a disposição do final da escrita. Era esse seu plano, impressionar a si mesmo.
Ela escreve sobre o amor, você não o consegue, não sente absolutamente nada do que possa ser parecido como amor e não vê nessa palavra o simbolismo da intensidade do que você já sentiu antes. "Amor, amor, amor...". O que pode-se dizer três vezes sem sentimento e sem titubear não deve ser levado a sério como um sentimento, a palavra simboliza o que não se pode mensurar, não se pode nem imaginar. Quem nunca sentiu.
Voltamos à pessoa, voltamos a você, pessoa, ser, homem feito de massa falida, que perdeu seu humanismo para ocupar-se de momentos fúteis que sempre condenou, que ainda condena. Entra aqui a metáfora de afogamento, do seu afogamento perante seus próprios princípios.
Talvez a pessoa seja você, no fundo, esperando para ocupar-se novamente do sentimento sem palavra definida. Enquanto isso espero sentado nessa pedra, no meio dessa grama envolta por essas árvores.
Você é um tigre, vá caçar sua verdadeira alma.
Agora pense que essa pessoa goste de escrever, goste de ver como as palavras formam um desenho suave e bem feito quando dispostas de uma forma linear entre parágrafos, versos, estrofes e pontos finais. Essa pessoa se vê como um mero escritor de finais de semana, enquanto não tem metade da coragem que tem de escrever, para dizer. Uma pessoa que sente saudade de sentir saudade, sente amor por sentir amor, sente dor, mas não sente nada.
Essa pessoa escreve despretenciosamente em um papel um conjunto de palavras que a define: Insegurança, música, café, escrever e sonhos, muitos sonhos. Você riria dessa pessoa ao ela dizer rindo que espera escrever um livro com suas escritas. Você a vê como um mero ser humano sonhador que acredita em contos de fada, mas sente-se só ao saber que você costumava ser quem acreditava nesses contos, você costumava ser essa pessoa. O que sobrou ?
Você escreve um "tu" em um papel e espera que a segunda pessoa te faça escrever algo simbolicamente bonito. Enquanto isso essa pessoa juntava suas metáforas envolvendo sol, mar, alma, água e espinhos, esse conjunto de metáforas que você costumava usar quando escrevia sem pensar no que dizer. Não esqueceremos do final com uma frase de impacto, daquelas que, se ninguém lesse o texto todo, ao menos iriam se impressionar com a disposição do final da escrita. Era esse seu plano, impressionar a si mesmo.
Ela escreve sobre o amor, você não o consegue, não sente absolutamente nada do que possa ser parecido como amor e não vê nessa palavra o simbolismo da intensidade do que você já sentiu antes. "Amor, amor, amor...". O que pode-se dizer três vezes sem sentimento e sem titubear não deve ser levado a sério como um sentimento, a palavra simboliza o que não se pode mensurar, não se pode nem imaginar. Quem nunca sentiu.
Voltamos à pessoa, voltamos a você, pessoa, ser, homem feito de massa falida, que perdeu seu humanismo para ocupar-se de momentos fúteis que sempre condenou, que ainda condena. Entra aqui a metáfora de afogamento, do seu afogamento perante seus próprios princípios.
Talvez a pessoa seja você, no fundo, esperando para ocupar-se novamente do sentimento sem palavra definida. Enquanto isso espero sentado nessa pedra, no meio dessa grama envolta por essas árvores.
Você é um tigre, vá caçar sua verdadeira alma.
Saturday, October 15, 2011
Do outro lado da rua
Em minha alma, na sua estrada, suas cores, tua casa.
Sou eu dentre ilusões e falácias, vendo-te de longe.
Pensando apenas que tu não és como sou
e nem haveria de ser
Este sou eu, esperando-te de longe, espiando-te de longe.
Se te espero por amor ou por falta dele, não sei dizer,
mas enquanto te vejo dançar, me vejo dançar
e não costumo pensar muito em passos vazios.
Podes rir, podes caçoar-me por ser tão desconcertado,
porém na minha cidade as regras são minhas.
Não me importa qual tua sina, ou tua vontade,
serei o que sou, serei quem restou.
Apenas mais um a te querer, mas bem te quer.
Mal me quer, tu que sabes qual teu ofício,
sacrifício de agüentar o violão leve de fundo,
pois tu gostas do grave e do agudo, não do sereno.
Serei teu sereno, sujeito ameno a não esperar nada.
Vejo-te vindo em minha direção
como quem olha curiosa a um animal de estimação,
sem o interesse de adotá-lo.
Sou mais do que isso, meu amor, não mais tanto meu.
Violetas e rosas, da flor sem cheiro forte,
mas de inteira delicadeza.
És tu sereia, fonte de água que me espera em silêncio.
Quieto apenas penso o que seria a te ter.
Sou quem muito pensa e nada faz, querida.
Não espere uma só árvore caída a te impressionar.
Sou quem impressiona por apenas ser quem sou,
com defeitos, preconceitos, preceitos e lamentos.
Sou quem sente pouco e escreve muito sobre sentimentos.
Não espero mais nada da vida, nem o teu amor.
Deita-te do meu lado, que também estou confuso.
Esse é o insano, um imenso absurdo dentre livros de poesia.
Meus e teus querida. Meus e teus.
Friday, October 14, 2011
Iemanjá
Enquanto olhei ao mar, ali estava toda sua imensidão... Olhei e pensei o quão difícil seria à minha mente encaixar a idéia de suicídio dentre às águas, se algo de fato barraria esse instinto de andar calmamente em busca do horizonte que eu via sem se importar muito que ali seria o fim, e ali seria o fim. Enquanto isso surgiu uma flor jogada da água diretamente a mim, em um gesto que dissesse “Tal atitude não acabaria com esse seu vazio, apenas o instituiria a outra pessoa”. E a flor me fez sentir vivo por fora e morto por dentro. Não em um sentido que me faça dizer que estou depressivo a ponto de querer pular de uma ponte ou de fato atender a esse meu desejo instantâneo de me jogar ao mar sem saber nadar, mas um sentido que diz não haver um só motivo de vida, um só alicerce a que se segurar.
Caminhando entre a areia da praia me volto a pensar no que seguramente estou perdendo ao não me sentir em um só sentimento, é como se meu corpo e a parte lógica de minha mente controlassem a mim o tempo todo, apenas fazer tarefas normais, sem atribuir qualquer sentimento dentre elas, sem encontrar qualquer desespero ao chegar o momento de ter que chorar. Não me desespero, não mais.
Vi-me numa analogia porca ao vento, a imensidão do mar e a quantidade inesgotável de areia que possa cobrir meus pés. Enquanto pensei tanto em como dispersar esse sentimento (ou essa falta de sentimento) escolhi as letras erradas organizadas da maneira certa, escolhi em minha mente lógica palavras que pudessem ser sósias daquelas que instituíram uma vez alguns de meus sentimentos, palavras que pudessem um dia ter significado, mas hoje são apenas as palavras ali escritas e organizadas como se fossem apenas produtos em uma prateleira de supermercado.
E deitado na praia, hoje, apenas a música, como um manto cobertor, me aquece e me faz lembrar o que é sentir.
“Someone finds salvation in everyone, another only pain”.
Talvez eu procure a salvação em você, talvez procure apenas.
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*O* wwoooon! segunda eu conheçi o amigu do cris. ou melhor o outro autor do blog que até agora eu não sei escrever o nome :D skspoakspokas...