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Monday, November 30, 2009

E as flores, belas flores.

E as flores?
O que são as flores?

Manifestos, objetos, atos concretos
Dos mais abstratos, os tratos,
O mais contundente traço delicado
Mundo: coração e mente abertos.

São pés a desenhar no chão
Na dança que a natureza criou;
Palavras coloridas e mordazes,
Ideais paralelos na contra-mão.

Dia, noite, tarde e rebeldia...
Luz sonora, ao som da bela aurora.
Dos mais belos deuses, o amor
E o tchau choroso de quem partira.

Lágrimas,Sonhos,
o Futuro enraizado ao seu jardim.
Poesia visual
embalada a momentos sem fim.

Na interminável dança da vida,
A música se torna contexto desigual
Alicerçando os componentes principais
Dessa pintura propositalmente acidental.

... E as flores?
O que são as flores?

Saturday, November 14, 2009

Você

E então é dado o diagnóstico e concluída a preferência. Você não sabe onde está, mas tem consigo sua própria opinião; o que a filosofia tentaria mudar, leva todo o apoio do seu coração.
As pessoas ao redor estão falando de maneira errônea, cada um com o grau de dificuldade de seu dialeto e, em meio a tantos idiomas, o silêncio rumina em som um poema concreto.
Toda escuridão envolve uma luz
Cada luz remete ao meu pensar
Traçar o caminho que a ti mesmo conduz
Comemorar na ilusão a capacidade de amar

Como tudo, o nada é unânime. É na humildade daquele que tem piedade, onde começa o espelhar. Está lá o seu inimigo. Na sala vazia. Está lá você. Mas aquele você não é um simples pronome; aquele você é VOCÊ, o seu próprio dragão que cospe fogo, sua própria prancha que encaminha o pirata condenado ao saciar dos tubarões. Você é o engano de sua própria convicção.
Esse é você, porém também seu inimigo. Duas pessoas, dois gêneros literários de épocas diferentes, que são envoltos por uma só pele. Sua carne é podre, fétida e insalubre.
Esse é seu inimigo, porém também você. Ele se faz defensor de seu próprio predador. Presa fria, carne humana.
De qualquer forma, caça e caçador continuam sempre juntos. Ora perseguindo um ao outro, ora caminhando lado a lado - assim, construindo uma só criatura; tal denominada Ser Humano.

Friday, November 13, 2009

Perto do Céu

Fuçando em minha mochila (a qual comporta quilos de sonhos e pensamentos), encontrei um papel pautado, onde havia escrito parte de um poema, enquanto voltava pra casa, passando pela passarela e observando aquele céu maravilhoso de fim de tarde.

Daqui de cima o céu é tão sem graça!
Queria poder vê-lo de lá do chão,
Retratar o amor e a desgraça
Que se passa no meu coração.
Sempre.

O texto continuaria, mas me faltou a inspiração logo que acabou a passarela. Talvez essas inspirações repentinas e momentâneas sejam ruins. Talvez elas sejam boas. O importante é saber que elas existem e não me deixam cessar.

Tuesday, November 10, 2009

A dor do Palhaço

Nossas vidas se separaram. Mudamos de rumo, de interesses, de atrativos pessoais. Nossas vidas se separaram apesar de eu ainda chorar o fim. Em sintonia com o ranger da cadeira, pensei em abusar da minha sorte. Com boa vontade e satisfação plena, me encontrei em seu leito de morte. O fim encontrando, pela primeira vez, o início de algo escasso. Vivendo na insanidade e insensatez, abrindo os braços para mais um palhaço. Nariz vermelho e tinta a cobrir as imperfeições de um rosto velho. Sempre sorrindo, rindo, se divertindo, nunca quiseram saber se ele chorava. Perdeu a vida inteira procurando um horizonte para nele fixar seu olhar vazio, complexo, sadio.
Insano, sadio. Os planos são os mesmos... Procurou adormecer nos braços de quem se sentiu amado por dois ou três dias. Nas trevas, a luz; luz serena de um novo dia. O Palhaço procurava abrigo nas montanhas, longe da inocência das crianças que riam de cada tombo seu e de ver sua face no chão. Comer poeira não era somente força de expressão.
E quando sua maquiagem borrava, a tinta branca se misturava ao nada e dali uma gota alva saía. Era dor, sentimento inexpressado, era tinta de modo mal passado. A arte de um palhaço que não sabia se pintar. Mas o Palhaço não desistia; queria ver flores, queria ver dia, ele queria ver algo que não podia. Palhaços não enxergam a realidade, era o que todo mundo dizia.
E tudo que é proibido, aquele palhaço fazia. Chorava, tremia, se entristecia. Quando ninguém o assistia, o Palhaço também dormia.
Porém chegou o dia de o Palhaço fazer algo do qual ninguém ria: dormir e não mais acordar.
Pela primeira vez, alguém havia soluçado ao ver o Palhaço. Pela primeira vez, alguém viu sua maquiagem perfeita se desmanchar em sua face. Pela primeira vez, alguém viu que o Palhaço também fazia aniversário, viram suas rugas e seu triste semblante livre da gargalhada da criançada. E foi pela primeira vez que as lonas do circo não modificaram a tonalidade de sua pele...
Nossas vidas se separaram. Mudamos de rumo, de interesses, de atrativos pessoais. Nossas vidas se separaram apesar de eu ainda chorar o fim.
Nossas vidas... a minha, a do Palhaço e a de toda aquela gente que ria sem saber bem do que. E então, a população soluçou. Mais uma vez...
Pela última vez.

Sunday, November 01, 2009

Pós-Forca

Tens em mãos algo bom.
Você não sabe o que é
Tampouco tem interesse em saber.
Mas... observe! É reluzente e traz guerra.
A guerra é rica fonte de renda,
Rica terra.
Ouro. Mais à frente, petróleo.
Rica terra.
Mergulham-nos em alho e óleo:
Um ponto no mapa que se enterra.

Um ponto no mapa. Apenas mais um.
É o que somos. Sempre dizem.

Beba deste cálice de sabedoria!
Por trás de toda propaganda,
Há uma frigideira a nos esperar.
Fritando os preconceitos, não.
Fumegando homens de peito
E crianças a sorrir e brincar.
Esse foi mais um dia de alegria,
O repórter disse na televisão.

Imaginando como seria sorrir,
Uma garota sonha.
E após deitar sobre a limpa fronha,
Ora.
É a prece de dias melhores.
"E dias melhores virão!", reza a lenda.

A garota olha o mundo com bons olhos
Mas nunca vê o que almeja.
Proposital - Desigualdade, fome, abandono.
O abandono concreto de algo abstrato,
- frutas, castiçais e bandejas -
Estava tudo no contrato,
Apenas mais um corpo sobre a mesa.

E boas qualidades,
Tais que as desconhece.
Garota triste, chora a desabafar;
Seus desabafos o vento leva
Transformando fome em pão.
Foi distante, e distalmente parou:
Aos pés de um pobre faminto,
Desejando a calmaria,
A paz de um mundo vilão.

Trepidantes, os rumores da sociedade.
Apedrejando prostitutas,
Batendo nas portas das casas,
Dê dinheiro e conseguirá seu lugar no céu! - gritam.
Com a caneta a arranhar o papel,
O contrato (aquele da morte sobre a mesa).
Mãos que seguram colheres a perfurar o doce,
É o dinheiro do povo, aquele doce de mel
Tamanha amargura, flamenjante como fel,
Que levam o saciar até a boca...
Veja! É o dinheiro do povo,
Que eles lavam tudo de novo,
Nessa época pós-forca.

A sobremesa acabou.

Tuesday, October 27, 2009

As Estrelas

É difícil dar um nome original a algo tão clichê, mesmo que esse algo não seja tão comum assim.
Estava eu, certa noite, a olhar as estrelas. Sentada num canto do quintal, com as pernas cruzadas, acomodada e inspirada, resolvi colocar o lápis em ação. Não sei se ficou bom, mas era isso que eu estava pensando sobre elas - as estrelas - naquele momento.
E, a partir de então, a noite de 07/07/09 passou a ser um marco na minha vida. Pode não parecer tão importante assim, mas fez com que algo em mim mudasse... E mudou.



As estrelas.
Belas são, são esteiras
Fazem a forma do meu coração
Tão certeiras
Tão sagazes
São capazes
Mudam o mundo, pés no chão.

Elas o iluminam.
Elas são o brilho mais escondido
O brilho mais obtuso
Do profundo mais confuso
A certeza de um abrigo
Chamado amor.

São escadas
Têm escalas
Não se calam
Elas pousam, são esposas
São o sol.

São mariposas acesas
São da aspereza a leveza
O céu a bailar.
São a festa,
A melodia da seresta
São o fel e o mar.

As estrelas.
Belas são, são faceiras
Fazem formas, fazem fôrmas
São o molde de toda uma nação.

Universo em constelação.




É legal poder compartilhar algumas coisas que penso. Eu, particularmente, amo o céu e tudo o que a natureza tem a oferecer. Que venha o mundo, então.

Monday, October 26, 2009

Vinho

Estava lá, petrificado
Estava intacto e parecia irreversível.

Já não tinha sonhos, medos, anseios,

Era apenas mais um humano incompreensível.


Já não tinha espaço, nunca teve fé;

Abandonara o emprego, a diversão.

Perdera a mãe e os filhos,

Vira a morte da mulher.


Sua vida acabada!

Sua vida abatida.

Mais um copo de vinho sobre a mesa:

Futilidade extensa e resumida.


Já fazia uns anos - A Morte,
Antes mesmo de qualquer outra morte.

Acabaram-se os sorrisos,
Enterrara o próprio coração que antes fora forte.


E foram encontrados no lixo

Os versos de uma canção,

Que dizia:

Se sem tua alma amanhecerdes,

Sem vida tu acordarás.


E assim se fez o homem

Ou assim ele não se fez.

Após a morte de sua própria alma,

Ele daria o mundo pra tê-la outra vez
.

O ser humano é nada.

Quando tenta ser tudo,

O faz de forma errada.
..
Só.

Applesauceless Week

Lately the nights have an added sparkle, like you could, with your smile, just brighten a whole townhouse. Clean energy for everyone around ...